quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Adílson chega ao Santos de olho no Paulista e na Libertadores

Adílson Batista colocou como objetivo principal a conquista do bicampeonato paulista e chegar às finais da Copa Libertadores da América e do Brasileiro ao ser apresentado como novo técnico do Santos, no início da noite desta terça-feira, na sala de entrevistas da Vila Belmiro. "Sei da importância e da responsabilidade que tenho a partir de hoje. O Santos vai jogar para vencer e dar continuidade ao belo trabalho recente de Dorival Júnior", afirmou o novo comandante santista.

Ele negou ter mencionado nome d e algum reforço e a existência de lista de dispensa de jogadores. "Em primeiro lugar, a gente vai começar a trabalhar, procurar se posicionar e ir perguntando para se informar e não cometer injustiças", disse o treinador, revelando ter conversado com Dorival Júnior, para pedir detalhes do elenco santista e o dia a dia o Centro de Treinamento Rei Pelé.

Adílson confirmou que negociava com o Santos há quase quatro semanas (estava desempregado há 29 dias). "Três dias depois de sair do Corinthians, o Fernando Silva (consultor do presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro) me ligou e desde o início falei que a minha intenção era iniciar um trabalho em janeiro", explicou, sobre a demora na sua contratação.

Com um curativo ao lado do olho direito, consequência de uma cotovelada que sofreu há algum tempo, Adilson ouviu atentamente os elogios do presidente santista, encarou com serenidade todas as perguntas, não confirmou ter indicado o zagueiro Thiago Heleno (um dos motivos de sua queda no Corinthians) ao Santos. Definido por Luís Álvaro como técnico com a cara do Santos, Adilson promete colaborar com amadurecimento de Neymar e não apressar o retorno de Paulo Henrique Ganso aos treinos. E rasgou elogios ao futebol santista. "Todos os treinadores gostam de times que jogam futebol alegre, para frente, valorizando a posse de bola, e vejo o Santos com esse potencial."

Até o dia 6 de dezembro, quando realmente assumir o cargo, Adílson vai ficar em contato permanente com a direção do futebol santista para tratar do planejamento para 2011. Ele chega à Vila Belmiro sob desconfiança de uma ala da direção e de parte da torcida santista pelo fraco desempenho à frente do Corinthians. Pegou o time do Parque São Jorge em primeiro lugar e deixou em terceiro, depois de 17 jogos, com sete vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Também pesa contra ele a oportunidade desperdiçada em 2009 de ganhar a Libertadores com o Cruzeiro, no Mineirão. Após o empate por 0 a 0 em La Plata, Argentina, o time mineiro precisava de vitória simples, mas perdeu por 2 a 1 do Estudiantes.

O trabalho para valer de Adilson vai começar no dia 3 de janeiro, quando ele receberá os jogadores para a pré-temporada. Só então o novo treinador vai conhecer de perto Neymar e companhia, jovens talentos que encantaram o país com o futebol mais vistoso dos últimos tempos, mas que se excederam e derrubaram o conciliador Dorival Júnior.

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