quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fernandão diz que São Paulo não vai entregar jogo na reta final

Os jogadores do São Paulo encontraram uma maneira de se motivar para seguir lutando no Campeonato Brasileiro: agora têm metas por rodada. A primeira e mais importante, claro, é bater o Vasco, domingo, em São Januário. Uma vitória manteria a equipe na briga pela última vaga na Libertadores de 2011 - embora as chances sejam remotas.

"A motivação tem de ser máxima nesta semana. Ainda existe possibilidades de brigarmos por alguma coisa neste Brasileirão. Enquanto for assim, não há justificativa para a equipe não seguir não lutando, não brigar pela vitória", disse Fernandão.

O problema será se o São Paulo não vencer. Daí apenas cumprirá tabela nas últimas três rodadas. O próprio Fernandão admite que nem quer pensar nisso por enquanto. "Vamos deixar a semana que vem para depois", pediu aos jornalistas que, insistentes, já queriam que o jogador comentasse a partida contra o Fluminense, daqui a dez dias.

NADA DE ENTREGAR - Fernandão, um dos líderes do elenco são-paulino, fez coro ao técnico Paulo César Carpegiani. Para ele, não existe a menor possibilidade de o time entregar a partida contra a equipe carioca e prejudicar o rival Corinthians, de quem não ganha um clássico há quase quatro anos

"Acho que cada equipe tem seus objetivos quando entra em campo. Embora este jogo possa não significar muita coisa para o São Paulo, há muito jogador aqui dentro que ainda busca um lugar no time, uma oportunidade, chance de continuar aqui no próximo ano", explicou o centroavante, que vem atuando no meio-campo nas últimas partidas. "Temos de respeitar os jogadores. Todo mundo ainda vai ter três jogos para provar seu valor."

Fernandão ficou bastante incomodado quando foi lembrado do jogo em que o Inter enfrentava o Goiás, na última rodada do Brasileirão de 2007, e perdeu por 2 a 1, no Serra Dourada. O resultado foi fundamental para o rebaixamento do Corinthians e a equipe gaúcha foi acusada de ter entregado a partida.

"Isso não existe no futebol", garantiu Fernandão, de forma bastante incisiva. "Eu tenho meus dois filhos e minha esposa em casa para quem eu devo uma satisfação moral. Como ia chegar e dizer para eles que entreguei uma partida? Seria uma grande vergonha. Premiação por vitória é algo comum no futebol, acho normal. Mas em 16 anos de profissão também nunca vi ninguém receber dinheiro para entregar."

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