quarta-feira, 17 de março de 2010

Corinthians estuda como bancar contratação de Deco

A diretoria corintiana quer contratar Deco. E ele quer voltar ao clube, que o lançou para o futebol em 1996. O problema é o de sempre: falta dinheiro para pagar o milionário salário do jogador - a rescisão com Chelsea, onde ele tem contrato até o meio de 2011, seria negociada pelo próprio atleta.

O departamento de marketing do Corinthians, sempre consultado quando uma contratação envolve cifras altas, já avisou que não vê possibilidade de acordos semelhantes aos que foram feitos com Ronaldo e Roberto Carlos. Na avaliação, Deco não tem o perfil que atrairia investidores.

A solução, então, seria pagar o salário, não inferior a R$ 300 mil mensais, com recursos do departamento de futebol do clube. Para isso, seria necessário "abrir" espaço no orçamento, livrando-se de jogadores do atual elenco, para que sobre verba para investir na contratação de Deco.

Um nome foi sugerido ao presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, por alguns aliados: Edu, que recebe R$ 200 mil e não está sendo utilizado com frequência pelo técnico Mano Menezes. Na semana passada, ele nem viajou para encarar o Independiente na Colômbia. E só foi para o Paraguai, para enfrentar o Cerro Porteño, porque Alessandro foi vetado pelo departamento médico e abriu uma vaga entre os 20 que viajaram.

Andrés Sanchez não gostou da ideia. Ele é amigo de Edu, com quem negociou diretamente o retorno ao Parque São Jorge - o contrato vai até dezembro do ano que vem.Os dois jogadores estrangeiros que não foram inscritos na Libertadores, o argentino Escudero e o paraguaio Balbuena, também estão na berlinda. Mas seus salários somados não chegam ao de Edu ou ao de Souza.

O presidente acha que só será possível contratar Deco se algum jogador for vendido na janela de transferências de agosto. A aposta é em Dentinho, que voltou a jogar bem e tem um salário alto, acima de R$ 120 mil. Além de entrar dinheiro da venda - não se imagina menos de R$ 15 milhões livres para o Corinthians, apesar de o jogador ser fatiado com o Grupo Sonda -, haveria economia na folha salarial.

Andrés Sanchez avisou que gostaria que Deco antecipasse a saída de Londres para maio, quando poderia ser inscrito nas oitavas de final da Libertadores. Ele topa, mas é preciso convencer a direção do Chelsea a liberá-lo antes do final da temporada. Se isso ocorresse, até uma eventual venda de Dentinho, o clube teria de se virar para pagar o salário

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