Dorival Júnior agiu rapidamente para não permitir que a empolgação tomasse conta do Santos com a boa estreia no Campeonato Paulista - goleada sobre o Rio Branco por 4 a 0, no Pacaembu. Depois do jogo, o treinador afirmou que ainda há muita coisa a ser feita e reconheceu que o time teve falhas que não podem ser encobertas pelo resultado.
Durante esta segunda-feira, os jogadores titulares deveriam folgar mesmo concentrados no hotel Recanto dos Alvinegros, mas Dorival mudar a programação e levar todos para o campo 3 do Centro de Treinamento Rei Pelé para fazer uma preleção de 15 minutos, apontando as falhas que observou na partida e, depois, dando um treino diferente.
"Foi só uma movimentação para a gente trabalhar a bola mais rápido", explicou Neymar.Durante a preleção, Dorival gesticulou muito. Em seguida, o técnico inovou, dando um treino de um time só, sem adversário. A bola saía da defesa e chegava ao ataque com apenas três toques. Os meias, os jogadores de frente e os laterais trocavam de posições e eram obrigados a soltar a bola rapidamente e finalizar de primeira quando bem posicionados.
Como Léo, Edu Dracena e Marquinhos não ouviram a preleção de Dorival e nem participaram do treino, a tendência é de que ele mantenha a formação do último domingo, com Pará na esquerda e Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar na zaga, para enfrentar a Ponte Preta, nesta quarta, na Vila Belmiro.
LÉO INSATISFEITO
O lateral-esquerdo participou de um rachão com os jogadores que entraram no segundo tempo do jogo de domingo e mais os reservas no campo 2 do CT Rei Pelé, nesta segunda. Depois do treino, o atleta disse que a pré-temporada está sendo boa para ele, mas que como continua com um quilo a meio abaixo do peso ideal, ainda não poderá estrear.Léo também reagiu com indignação à proposta de redução salarial e assinatura de um novo contrato com mais um ano de duração (o atual vence janeiro do ano que vem) apresentada pela diretoria.
"Daqui a pouco vão querer que eu pague para jogar no Santos", queixou-se o jogador, em conversa com um grupo de jornalistas. "Quando eu voltei da Europa, abri mão de muitas coisas, mas muitas coisas mesmo. Se joguei pouco no ano passado foi por causa de contusões, o que é incomum na minha carreira. E, enquanto estive parado, pedi para não receber o direito de imagem", lembrou o jogador.
Apesar de insatisfeito, Léo afirma que quer continuar jogando no Santos e diz acreditar que as partes vão se entender. No fim do ano passado, antes das eleições, o lateral confidenciou a amigos que se Marcelo Teixeira fosse reeleito e Vanderlei Luxemburgo continuasse no clube, ele iria para o Flamengo. Nesta segunda, ele não negou a possibilidade de ir para o clube da Gávea. "Sondagens sempre existem , admitiu.
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