terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Roberto Carlos admite ansiedade para a sua estreia no Corinthians

Aos 37 anos, Roberto Carlos ainda fica sem dormir antes de uma estreia. O lateral-esquerdo vai entrar em campo nesta quarta-feira contra o Bragantino, diante dos torcedores, no Pacaembu. E a insônia já o atormenta em Itu. "Eu fico pensando no que posso fazer na partida, alguma jogada, um drible. Não tem jeito, dá frio na barriga. Se eu jogar até os 40 anos vai ser assim".

O prazer que diz estar sentindo ao voltar ao futebol brasileiro aumenta ainda mais porque vai jogar ao lado de Ronaldo. "Ele é meu grande amigo, não só porque jogamos juntos, mas porque me ajudou sempre. Ver ali na frente, esperando um passe, vai ser algo emocionante", comentou. A última vez que jogaram juntos foi há três anos, pelo Real Madrid.

O posicionamento que terá em campo ainda será discutindo com Mano Menezes na preleção. Mas Roberto acha que terá bastante liberdade para atacar. "Sobrou, eu bato para o gol (risos). Pouca gente lembra, mas eu sou o lateral que mais fez gols pelo Real Madrid, 68. Agora, não posso prometer logo na estreia. Seria bom demais".

Roberto garantiu estar com o físico em ótima forma. Ele estava em meio de temporada pelo Fenerbahçe, da Turquia, clube com qual rescindiu o contrato para retornar ao futebol brasileiro. "Vou jogar com 9% de porcentual de gordura no corpo. Meu peso está no considerado ideal. Não vou ter desculpa para fazer uma boa partida contra o Bragantino", avaliou. O porcentual divulgado por ele é considerado ótimo. Apenas o lateral-direito Alessandro tem resultado melhor.

SELEÇÃO

Novamente Roberto Carlos desabafou com relação à sua participação na Copa do Mundo de 2006. O jogador foi criticado por supostamente não ter marcado Henry, no decisivo gol francês, por estar ajeitando o meião. Como na entrevista que concedeu no final de dezembro, logo depois de assinar contrato com o Corinthians, rejeitou a tese de que voltou ao Brasil para mostrar ao torcedor que pode jogar em alto nível e até ter uma vaguinha na seleção."Isso é história que inventaram. Pessoas mau intencionadas da imprensa acabam criando uma história. Fizeram minha mãe chorar por um mês. Eu até hoje sou respeitado no mundo do futebol", disse o lateral.

Nesta segunda, ele não citou nomes. Para a reportagem, em dezembro, falou de Galvão Bueno e de Renato Maurício Prado, jornalista da TV Globo e do jornal O Globo.

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