quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Há dez anos, Corinthians conquistava o seu título mais importante

No ano do centenário, o Corinthians tem mais uma data para comemorar. Nesta quinta-feira, há exatos dez anos, o time do Parque São Jorge conquistava o troféu mais importante de sua galeria: o Mundial de Clubes da Fifa.
Mesmo com o reconhecimento da entidade máxima do futebol, o título ainda é motivo de polêmica. O que é normal, segundo o ex-jogador e capitão do time Freddy Rincón, hoje auxiliar do técnico Vanderlei Luxemburgo no Atlético Mineiro. "O Corinthians foi um convidado indigesto. Os outros não vão admitir que ganhamos".
A conquista impulsionou a carreira de parte do elenco, como a do meia Ricardinho, hoje com 33 anos e ainda em atividade no próprio clube de Belo Horizonte. "Os jogadores tiveram a carreira valorizada depois de 2000", admitiu.
Para o atacante Edilson, com 39 anos e de volta ao futebol - acertou com o Bahia - o Mundial o ajudou a ser convocado para Copa do Mundo de 2002, em que o Brasil foi pentacampeão. "Foi um divisor de águas. Passaram a respeitar mais meu trabalho, não só no Brasil, mas no mundo todo", disse.Mesmo com adversários sem tradição na primeira fase, disputada no Morumbi, como o Raja Casablanca, do Marrocos, e o Al Nassr, da Arábia Saudita, os jogadores lembram das dificuldades, até pelo desgaste da temporada anterior. "Tínhamos muitos machucados Mas sabíamos da importância", disse Rincón.
No primeiro jogo, o time bateu a equipe marroquina por 2 a 0, mesmo placar contra o Al Nassr. O confronto mais difícil foi contra o poderoso Real Madrid, com quem empatou por 2 a 2, numa noite em que Edilson fez dois gols, um deles com direito a drible entre as pernas do zagueiro Karembeu. A bela atuação, aliás, contou para o "Capetinha" ser eleito o melhor jogador do torneio. "Fiquei feliz porque fui eleito o melhor num time cheio de excelentes atletas, sem falar dos outros".
Para a final, no Maracanã, o favoritismo era do Vasco, que havia eliminado o Manchester United. Após empate sem gols, a decisão foi para os pênaltis e terminou no chute para fora de Edmundo - na cobrança anterior, Marcelinho Carioca havia errado (Hélton, hoje no Porto, defendeu) e dado ao time carioca uma sobrevida na disputa. Dida pegou um pênalti (cobrado por Gilberto) e foi herói.

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